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terça-feira, 31 de março de 2015

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - Introdução



Estamos no contexto da celebração da Páscoa. A semana da Páscoa, tradicionalmente chamada de Semana Santa, é o período da vida de Jesus que recebeu maior atenção tanto nos Evangelhos quanto no restante do Novo Testamento. A definição da mensagem do Evangelho feita pelo apóstolo Paulo deixa clara a atenção especial dada à semana da paixão no Novo Testamento:

"1 Irmãos, venho lembrar-vos o EVANGELHO que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; 2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que CRISTO MORREU PELOS NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS, 4 E QUE FOI SEPULTADO E RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA, SEGUNDO AS ESCRITURAS. 5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo" (1Coríntios 15.1-8).

O Evangelho é Boa Nova: Deus, o Pai, enviou o seu filho ao mundo, para que tenhamos vida eterna pela fé nEle (Jo 3.16). Deus, o Filho, nos amou e a si mesmo se entregou por nós na cruz (Gl 2.20). Deus, o Espírito, foi enviado a nós para habitar em nossos corações e nos selar para a salvação, sendo ele mesmo a nossa garantia (2Co 1.22). A história da Paixão de Cristo é a história do amor de Deus pelos homens, pois "Deus é amor" (1Jo 4.8).
Em seu livro "Trindade e Reino de Deus", o teólogo reformado Jurgen Moltmann reflete sobre a ligação entre a natureza divina, ou seja, o fato de que "Deus é amor", e a Paixão de Cristo:

"Deus não ama do mesmo modo como às vezes também pode irar-se. Não, ele é amor. A sua essência é amor. Ele se constitui de amor. E isso aconteceu na cruz. Essa definição somente alcança todo o seu significado quando se procura permanentemente reavivar o caminho que leva a ela, a saber, o abandono de Jesus na cruz, a entrega do Filho pelo Pai, e o amor que tudo faz, tudo concede e tudo sofre pelo homem que se perdeu. Deus é amor, isto é, Deus é doação, isto é, Deus existe por nós: na cruz. Exprimindo isso trinitariamente: O Pai deixa o Filho imolar-se através do Espírito. 'O Pai é o amor, que crucifica; o Filho é o amor crucificado; o Espírito Santo é a força invencível da cruz'. A cruz está colocada no meio da Trindade. isso foi expresso pela tradição, que se apóia no Apocalipse de João, mediante a imagem do 'cordeiro imolado (desde o início do mundo)' (Ap 5.12). Antes que existisse o mundo, existia em Deus a imolação. Não há pensamento trinitário possível sem o Cordeiro, sem a imolação do amor, sem o Filho crucificado. Pois ele é o Cordeiro sacrificado, que será glorificado por toda a eternidade"(Jurgem MOLTMANN. Trindade e Reino de Deus. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 95),

Dada a importância da semana da paixão para a nossa fé, vamos seguir a narrativa do Evangelho segundo Marcos, o menor (no volume) e mais antigo dos Quatro Evangelhos.


Confira como foi o "domingo de ramos", o dia da entrada de Jesus em Jerusalém na semana da paixão, clicando no link abaixo:
http://marcio-marques.blogspot.com.br/2015/03/semana-da-paixao-domingo-ramos.html




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